Aripuanã
Mineradora anuncia investimento de mais de US$ 220 mi no projeto Aripuanã
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Uma das cinco maiores mineradoras de zinco do mundo, a Nexa Resources, anunciou investimentos em bens de capital na ordem de US$ 410 milhões, em 2020, no Brasil.
O projeto Aripuanã, no Nortão de Mato Grosso, deverá receber a maior parte desses investimentos, cerca de US$ 220 milhões neste ano.
Além dos investimentos em bens, outros US$ 94 milhões serão aplicados nas áreas de tecnologia, social, exploração mineral e desenvolvimento de futuros projetos. Somando US$ 314 milhões no campo mato-grossense.
O projeto, que está em fase de execução, está localizado no município de Aripuanã, distante mil quilômetros da Capital, Cuiabá (MT). No local serão produzidos zinco, chumbo e cobre, com a exploração na Serra do Expedito. O início das operações está previsto para 2021.
Até a finalização do projeto, a Nexa deve investir R$ 1,5 bilhão na mina. Este é o maior empreendimento da companhia no Brasil e da indústria mineral de Mato Grosso.
Por ano, deverão ser produzidas 66,7 mil toneladas de zinco, 23 mil toneladas de chumbo e 3,7 mil toneladas de cobre. A vida útil da mina é estimada em 13 anos. Mais de 1,6 mil empregos estão sendo gerados na região e a companhia prevê o crescimento de três a quatro vezes na geração dos empregos indiretos.
Produção de minério
Segundo dados divulgados pela companhia, em 2019, a empresa alcançou suas metas e expectativas de produção. Ao todo, foram produzidas 361 mil toneladas de zinco, 38 mil toneladas de cobre, 51 mil toneladas de chumbo, 8,9 milhões de onças de prata de 25 mil onças de ouro.
Para 2020, a estimativa de produção de zinco, seu principal produto, é alcançar volumes semelhantes a 2019. Nos anos seguintes, os volumes de zinco devem apresentar crescimento, sendo 4% em 2021, quando o projeto Aripuanã deve entrar em operação, e 7% em 2022.
No ano, as vendas de metal (zinco metálico e óxido de zinco) alcançaram 621 mil toneladas, um incremento de 1% sobre 2018.
O CEO da companhia, Tito Martins, avaliou o ano de 2019 como desafiador em razão do cenário macroeconômico internacional e da pressão de preços nas commodities. Diante desses fatores, Martins explicou que revisões nos processos internos foram feitas e os investimentos para ampliar a eficiência nas operações foram priorizados.
“Para 2020, vamos trabalhar para melhorar nossa performance operacional, buscando compensar fatores de mercado, como preços de metal mais baixos, de forma a entregarmos melhores resultados”, explicou o CEO da companhia.